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Coletânea Iconográfica

Acesso ao artigo

Porto Alegre Imaginada

Cidade, Cartas de Amor e Poesia

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Cidades são objeto de pesquisas em diversos campos do saber, seja no âmbito econômico, social, cultural, histórico, antropológico como também artístico. Cidades não se limitam apenas a um espaço real, mas são plenas de imaginários, de lugares onde a ficção acontece na interioridade dos sujeitos, exteriorizando-se depois mediante suas práticas. Mapas, fotografias, cartas de amor e poesia podem ser fontes, seja de um fazer acadêmico, seja de um fazer artístico. A proposta deste trabalho consiste em apresentar visões do espaço urbano de Porto Alegre, a partir de fontes epistolares combinadas com mapas, manuscritos, desenhos, pinturas e fotografias. Foram utilizados um telegrama, um cartão de felicitações, três poemas e duas cartas de amor todos da década de 1920. Tais documentos são parte de um conjunto maior que abrange a correspondência amorosa de Francisco para Maria (personagens reais que viveram em Porto Alegre) e integram um arquivo pessoal. Escolheram-se, para elaboração deste trabalho, trechos destes documentos, onde foram destacados relatos pessoais do remetente da correspondência, para colocar-se em relevo sua relação com o espaço urbano metaforizado pelas sensibilidades de um apaixonado. Uma vez obtidas imagens virtuais destes documentos, estas foram combinadas a mapas e fotografias, documentos antigos e institucionais da cidade, formando-se com isso um novo arquivo que imprime outra dinâmica aos documentos, agora recombinados entre si e ainda a fotografias atuais da cidade feitas pela autora. 

Amostra de diversos tipos documentais que apresentam as mais variadas formas. Independente do significado que se possa atribuir aos conteúdos, ou melhor, aos registros documentais, a forma dos suportes assume, ela também, um significado histórico, na medida em que nos informa sobre hábitos, usos, costumes, maneiras de formular a escrita em si, no desenhar das letras, na opção pela própria cor da tinta. Manuscrita e, modernamente, datilogradas até, cartas e outros documentos sempre nos colocam questões ou nos fornecem respostas. 

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PLANTA DA CIDADE DE PORTO ALEGRE , 1833. Autor: Lívio Zambeccari. Colorido, aquarela sobre papel, com legenda, sem escala, original autografado, 27x15cm. Acervo Museo Del Risorgimento, Bologna, Itália Cópia digital: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Sobre a imagem, trecho de uma carta de Francisco, na qual ele diz percosrrer as ruas da cidade em vão a procura da amada. A geografia da cidade presentifica Maria para Francisco, que a concretiza pela ausência, poeticamente.

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Para compor esta lâmina, foi reiterada a imagem já utilizada anteriormente, a saber, a INSTALAÇÃO DA SANTA CASA, década de 1840. Autor Desconhecido, s/d, óleo sobre madeira do acervo do Museu Julio de Castilhos combinada a diversas fotografias da cidade extraídas do acervo digital Laudelino de Medeiros, edição do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Combinando transparência e opacidade, foi sobreposto o poema “Canção dos Arrabaldes”.

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Combinação de duas imagens, a saber, a VISTA GERAL DE PORTO ALEGRE, s/data, de autor desconhecido, já utilizada em outra lâmina, mas agora recebendo sobreposição da PRIMEIRA INSTALAÇÃO DA SANTA CASA, década de 1840. Autor Desconhecido, s/d. Óleo sobre madeira. Acervo do Museu Julio de Castilhos. Sobre as imagens o poema “As Praças Velhas”, no qual Francisco fala sobre lugares que decaem da preferência popular nas cidades. Assim, em prosopopeia, deixa falar a velha praça, descrevendo a decadência

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Trechos do poema ”Footing” enviado a Maria em agosto de 1923. Manuscrito em lápis de cor azul, o poema tem conteúdo descritivo e crítico desta prática citadina que persistiu em Porto Alegre até por volta da década de 1950. Ao fundo fotografias feitas pela autora que receberam diversos tratamentos de imagem. O andar pela cidade, o ver e ser visto, o sentido do convívio que traduz sociabilidades e sensibilidades.

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Imagem de fundo é uma VISTA GERAL DE PORTO ALEGRE, s/data, de autor desconhecido. Gravura sobre papel. Acervo: Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul. cartão de Francisco. Observação: Sobre a imagem foi sobreposta parte do cartão de felicitações escrito por Francisco por ocasião do aniversário de Maria, dia 03 de novembro de 1923, exatamente um ano depois do telegrama.

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PLANTA DA CIDADE DE PORTO ALEGRE, CAPITAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 1906. Autor: A. A. Trebbi Original impresso, colorido, tinta s/papel, com orientação norte-sul e coordenadas geográficas, escala 1:13.400, com legendas desenhos de monumentos arquitetônicos. Impressão: Casa Editora Livraria do Commercio, Porto Alegre. 63,3X44 cm Acervo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul Cópia digital: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.

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PORTO ALEGRE PELO SUL, 1852. Rudolph Hermann Wendroth Reprodução de aquarela Acervo: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.

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CÓDIGO DE POSTURAS DE PORTO ALEGRE, 1829. Acervo: Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho.

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PLANTA GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE 1919. Autor: João Moreira Maciel Original impresso, colorido, tinta s/papel, com coordenadas geográficas, escala 1:125.000, com convenções, legendas e tabela de população. Impressão: Lithographia de Weingartner & Cia, Porto Alegre 60,5X54,5 cm Acervo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul Cópia digital: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.

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